quarta-feira, 4 de abril de 2012

A FARSA DA GERAÇÃO DE EMPREGO EM FERRAZ





Quem conhece o prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Jorge Abissamra, sabe que ele gosta muito de falar em números, e sempre os maiores possíveis, é mil pra cá, é milhão pra lá.

Mas infelizmente esses números só acontecem na imaginação dele, vamos falar mais especificamente sobre a geração de empregos em Ferraz de Vasconcelos e o tão alarmado Pólo Industrial.

Primeiro vamos passar dados do engodo. 

Em 03 de abril de 2007, em entrevista ao Jornal do Município, o secretário de Indústria e Comércio, Cláudio Ramos, anunciou que seriam gerados 3 mil empregos.

Em março de 2012, o mesmo Cláudio Ramos falou em mais mil empregos - como assim mais mil? - e durante a inauguração de uma fábrica na cidade, o próprio prefeito falou sobre gerar 7 mil empregos, isso mesmo, você não leu errado.

Todas essas empresas receberam isenções de impostos de até 10 anos, com o compromisso de contratar 80% de trabalhadores da cidade.

Mas isso não está acontecendo e de acordo com dados obtidos pelo blog junto ao Ministério do Trabalho, os números são bem diferentes do que a imaginação do prefeito conta.

Entre janeiro de 2008 e fevereiro de 2012 foram gerados 2.900 empregos na cidade, pouco mais de 700 vagas por ano, ué, mas não eram 7 mil?

Esses números colocam Ferraz entre os piores municípios em geração de emprego na região do Alto Tietê.

Mogi gerou 14 mil, Poá, mesmo sem ter pólo industrial, abriu 8 mil vagas, Suzano cerca de 6 mil, Itaquá mais de 4 mil e Franco da Rocha, uma das cidades mais pobres do Estado, ultrapassou 3 mil empregos.

O blog também fez contato com um empresário recem instalado na cidade sobre quantas pessoas ele contratou de Ferraz, e pasmem, a resposta foi NENHUMA.

Ele justificou dizendo que os funcionários que já trabalhavam com ele foram mantidos, pois se ele demitisse iria ter gastos trabalhistas e ainda concluiu, "ninguem tá contratando, não sou só eu".

Perguntamos se alguém havia o orientado que deveria contratar ferrazenses, e a resposta foi essa: "Me disseram exatamente assim, coloca a empresa pra funcionar, depois você contrata um ou dois e tá bom".

É dessa forma que os trabalhadores de Ferraz tem sido tratados, como "um ou dois".

E ainda tem os empresários da cidade, que há anos ajudam a sustentar a economia do município e não tem direito a nenhum tipo de isenção, benefício ou ajuda para melhorar a geração de emprego.

As facilidades são para quem vem de fora.

Sabe porque? Para fazer os números que o prefeito tanto gosta de anunciar como se fossem verdadeiros.

É dessa forma que Ferraz vem sendo governada, onde cada cidadão é só um número, o de eleitor de preferência.



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